quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

She

- Muito legal da sua parte me trazer até o quarto – ela disse, encolhendo-se por causa do frio.
- Está escuro e está tarde – respondi, passando meu braço direito em seus ombros e apertando-a levemente.  – Nada mais justo.
     Ela riu. O som daquele riso penetrou meus ouvidos de uma maneira suave. Doce, mas ao mesmo tempo amargurado... Uma mistura perfeita do certo de do errado, do sonho e da realidade.
- Não sei se é legal você ficar olhando para mim desse jeito – seus lábios curvaram-se em um pequeno biquinho manhoso.
     Sorri e aproximei meus lábios de sua orelha.
- Desculpe – sussurrei. – Olhar pra você é a melhor coisa que eu posso fazer. 
     Ela envolveu minha cintura com seu braço esquerdo, ficando cada vez mais perto de mim enquanto caminhávamos devagar até o quarto. As luzes dos outros quartos estavam todas apagadas, mas a lua fazia com que a noite ficasse clara e convidativa. O lugar era aconchegante e, apesar do frio, eu não queria sair dali; queria ficar, sentar em um dos diversos bancos na calçada com ela ao meu lado e ficar conversando sobre as coisas sem explicação do Universo. Ri com esse pensamento. Mesmo sentindo que queria ficar com ela para sempre, era errado. Mais do que prejudicar a mim, esse relacionamento prejudicaria a ela e com certeza aos negócios do pai dela caso virasse fofoca. E, mais uma vez, minha felicidade estava limitada.
- Olha, que lindo, duas namoradinhas aproveitando a noite – a voz que eu menos queria ouvir interpretou essas palavras. – Não querem parar e se divertir um pouco com a gente?
     Ela olhou para trás, mas rapidamente virei seu rosto.
-Não olhe – falei. –Já estamos quase chegando ao seu quarto, e é melhor não dar ouvido ás provocações dele.
- Mas... Quem é ele? – ela disse, franzindo o cenho e encarando-me.

sábado, 15 de outubro de 2011

Quando a gente ama...



Prólogo.

     A brisa silenciosa alcançava minha pele em um doce toque gelado - porém carinhoso - e garoa fina que caía sobre mim lavava meu rosto, tentando mandar embora toda a culpa sem motivos que me dominava. Eu estava descalça, de modo que podia sentir a grama molhada entrando em contato direto com a minha pele, e a energia que ela transmitia por todo o meu corpo. O escuro me cercava por completo, fazendo com que eu só pudesse ser guiada pela minha audição, meu tato e último - mas não menos importante - a minha intuição. A parte de mim mais conhecida por todos me mandava seguir em frente, quase implorando para que eu andasse adiante e descobrisse o que tanto me chamava. Mas o meu outro eu, que preferia manter-se escondido e protegido de tudo e de todos, pedia para que eu apenas me sentasse no chão e esperasse alguém aparecer. Como de costume, ouvi a voz que, aos gritos, me dizia: “Ande, garota, vamos lá, estamos quase chegando, eu sinto isso!”. E de repente uma pequena luz se acendeu alguns metros à minha frente. Junto com essa luz, acendeu-se dentro de mim a esperança de sair da noite, de deixar a escuridão para sempre. E quando eu estava quase alcançado-a, mãos fortes seguraram meus braços.
- Sinto muito, querida, mas você não pode chegar até ela – a voz rouca e baixa dizia, mencionando a luz tão desejada por mim.
- Porque não? – perguntei, sentindo o sangue fugir da parte dos meus braços que a pessoa - ou o monstro ou sei lá o que – segurava.
     Deu uma gargalhada alta, e senti meu corpo todo estremecer assim que aquele som invadiu os meus ouvidos.
- Porque você não pertence a eles – disse, apertando mais meus braços e aproximando-se de mim. Roçou a ponta do nariz no meu lóbulo esquerdo e continuou: - Você é nossa a partir de agora.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Heaven?

     Aquilo... Aquilo era o purgatório? Ahn... Talvez fosse... Mas não sei e nem quero saber. A única coisa que passava em minha mente era a falta que ela me fazia. A falta que todos me faziam. Embora eu não soubesse o porque, aquilo era tudo em que eu conseguia pensar. 
- Querida? - uma voz masculina, mas suave, interrompeu meus pensamentos. - Você está pronta para ir.
- Ir pra onde? - perguntei, franzindo o cenho.
- Para junto Dele - o homem disse, e me virei para olhá-lo. Ele usava um vestido branco, parecia um pijama. Seus cachinhos miúdos eram loiros, e as maçãs do rosto eram de um vermelho natural.
- Onde eu estou? - perguntei, ainda olhando-o.
- Não importa - ele sorriu. - O que importa é para onde você está indo. Para junto Dele.
- Mas eu não quero! - exclamei. - Quer dizer... Eu quero... Mas não agora. Eu deixei uma vida toda pra trás... Tenho tanta coisa pra resolver, tantas pessoas pra conhecer!
- Todos aqui tinham, minha querida - ele disse, abraçando meus ombros e caminhando ao meu lado. - Mas o destino quis assim, sua hora chegou. Será um prazer tê-la conosco.
- Eu vou poder vê-los novamente? - indaguei, tentando proteger meus olhos do sol que brilhava muito.
- Daqui a algum tempo, sim - ele deu de ombros. - Mas não agora.
- Porque não? - continuei.
- Porque você não gostaria do que iria ver - ele baixou os olhos e abaixou o braço que envolvia meus ombros.
- Mas... Eu quero vê-la - eu disse, sem explicar mais nada. Ele olhou em meus olhos e suspirou.
- Vejo que você não vai desistir - disse. - Venha, vamos vê-la. Mas depois não diga que eu não avisei.
    Ele segurou minha mão e continuamos andando, agora com passos mais rápidos, pelo campo florido. As pessoas por quem passávamos sorriam para mim e para ele, cada uma delas acompanhada por um anjo.
- Você é meu anjo da guarda? - perguntei.
- Sim, sou eu - ele sorriu para mim.
     De repente, o ambiente mudou. Estávamos em um quarto escuro, as janelas e cortinas fechadas, um lugar abafado. Havia um enorme guarda-roupa na parede perto da porta, e uma estante de livros logo ao lado. Os soluços que não paravam me chamaram a atenção, e então a reconheci. Ela estava deitada na cama, encolhida, tentando fazer passar a dor que sentia. A dor que ela sentia e que eu sentia também. Enquanto eu estive viva, nós sempre fomos muito conectadas. Mas agora estava tudo diferente: Eu conseguia sentir o que a afetava. E, dessa vez, era uma dor insuportável. Parecia que havia um enorme vazio no lugar onde, por lógica, deveria estar o coração. A dor me dilacerava, e a cada lágrima derramada por ela, isso aumentava mais.
- Desculpe - o anjo sussurrou para mim.
     Eu não consegui dizer nada. A única coisa que eu queria naquele momento era abraçá-la e fazer toda aquela dor passar... E o fato de não poder fazer isso me machucava cada vez mais.

sábado, 3 de setembro de 2011

Do you know?

Então, tipo assim...
Sabe quando você tá falando com uma pessoa e o mundo todo some? Nada mais importa além daquela pessoa?
Quando... quando tudo o que você quer, o que você sonha, o que você deseja, o que você precisa se resume a ela?
Tudo o que você quer é cuidar dela, e não deixar que NADA de ruim aconteça com essa pessoa.
Quando cada palavra dela faz você sorrir, suspirar, sonhar e até mesmo chorar de felicidade.
Quando você fica bem só por saber que ela tá bem.
Quando você deseja pegar todos os problemas dela e resolver por você mesmo, pra que ela não sofra nunca mais.
E tipo... sabe quando teu mundo inteiro cai... teu mundo inteiro SOME quando acontece algo com essa pessoa?
Quando acontece algo de ruim com ela, nada mais importa, só o que importa é a necessidade que você tem de ajudá-la, protegê-la, cuidá-la... tudo com muito carinho.
Aquela pessoa que, quando você tá indo dormir, você fica pensando um tempão a respeito dela.
Quando você sonha em dar "boa noite" e "bom dia" acompanhados de beijinhos pra ela.
Sabe quando você quer passar o resto da tua vida com essa pessoa?
Sabe quando seu coração te diz que isso é - e sempre vai ser - amor?

Снимки на стената

"Algumas pessoas dizem

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que  a homosexualidade é um pecado. Mas não é: Deus está perfeitamente "legal" com isso e ele se sente, em relação à homoseuxualidade, da mesma maneira que ele se sente em relação à heterosexualidade. Agora você talvez diga: 'woo, woo calma, você vai muito rápido. Como você tem a audácia de falar como se fosse Deus?'. Exatamente. Esse é um excelente ponto, e eu rezo para que você lembre-se disso." - Ted Alexandro.

sábado, 25 de junho de 2011

Girlfriends.



Willow: Nós somos amigas. 
Tara: Boas amigas. 
Willow: Namoradas. Amantes. 

- Buffy, The Vampire Slayer. 

White Wedding.

Callie: Eu sei porque você veio, e isso não importa. O casamento foi cancelado. Minha mãe tem razão, é uma piada. Não é um casamento, e não vai acontecer.
Bailey: Callie...
Callie: Eu não posso ter um padre. Não tenho mais um ministro. Meu pai não vai me deixar no altar. O casamento é ilegal, então qual é o sentido? Isso não é um casamento, nem é em uma igreja! Não é nada, só duas meninas brincando de casamento. Não é de verdade.
Bailey: Em primeiro lugar, você não precisa da lei, ou de um padre, ou da sua mãe para o casamento ser de verdade. E a igreja pode ser em qualquer lugar que quiser. Em um campo, em uma montanha... Pode ser aqui, nesta sala. Qualquer lugar. Porque onde acha que Deus está? Ele está em você. Está em mim. Ele está aqui no meio de nós. A sua igreja pode não ter enxergado Deus ainda. Sua mãe... ela não enxergou Deus ainda. E pode ser que nunca enxergue, mas tudo bem. Se você estiver disposta a se erguer diante de seus amigos, família e Deus, e se dedicar a outro ser humano, dedicar-se a essa parceria, para o bem ou para o mal, na saúde ou na doença... Isso é um casamento. Isso é de verdade. E é isso que importa.


- Grey's Anatomy.